"na minha época não tinha esse negócio de autismo"

Historicamente, pessoas com deficiência e pessoas com transtornos mentais eram rotuladas como “débil mentais” ou “loucas”. Ter deficiência e/ou transtornos mentais era visto como uma vergonha e pessoas com deficiência eram trancadas em asilos, longe de sua família e amigos. Lá eram esterilizadas, o que significa que não poderiam mais ter filhos.

Havia mais de 100 mil pessoas em asilos psiquiátricos. Eles só começaram a ser fechados nos anos 1980 ou 1990 na Inglaterra. A triste realidade é que a razão pela qual “o autismo não existia na sua época” é porque autistas eram mantidos em asilos. Não havia a chance de conhecer pessoas autistas ou aprender sobre autismo porque ele era visto como uma vergonha. Pessoas autistas ficavam escondidas.

O autismo só se tornou um diagnóstico semi recentemente. Anteriormente, apesar de sempre ter existido, ele costumava ser chamado de esquizofrenia infantil. Antes disso, autistas eram chamados de “retardados mentais”, “loucos” ou “débil mentais”. O motivo pelo qual você não sabia que o autismo existia na sua época era porque pessoas autistas recebiam todos esses outros rótulos.

Em alguns aspectos, o mundo está se tornando cada vez mais difícil para pessoas autistas. Estamos morando mais perto de outras pessoas, experienciando mais barulho de trânsito, vendo outdoors luminosos e coloridos e recebendo mais pressão para trabalhar por mais tempo e de forma mais árdua em um mundo capitalista. Esse aumento de dificuldade que estamos enfrentando significa que mais pessoas autistas estão sofrendo, nos levando a acessar um diagnóstico e percebermos que somos autistas. O critério diagnóstico do autismo é, em grande parte, baseado em como o autismo se apresenta quando pessoas autistas estão sofrendo.

Também vem havendo uma crescente conscientização sobre o autismo. As pessoas estão tendo menos medo de ser abertamente autistas – apesar de que, é claro, não podemos fugir do fato de que isso ainda pode ser assustador, especialmente para aqueles que são multiplamente marginalizados. Pode-se dizer que as redes sociais também têm dado a pessoas autistas a chance de ter nossas vozes ouvidas e compartilhar nossas experiências pela primeira vez. Essa conscientização e entendimento do autismo faz com que haja mais pessoas falando sobre isso e se dando conta de que são autistas. O autismo não é uma coisa nova, ele sempre existiu, só não se falava nele.

Por muito tempo, autistas eram forçados a continuar sofrendo, sem saber quem éramos e por que certas coisas eram tão difíceis. Autistas eram forçados a sofrer. Antigamente autistas não podiam ter acesso a apoio ou auxílio. Isso não é uma coisa boa.

Não é de se orgulhar que, por tanto tempo, a sociedade escondeu pessoas autistas e não forneceu a elas o apoio para se entender. O fato de que tem havido uma crescente conscientização e entendimento do autismo é, em grande parte, algo bom. O autismo sempre existiu, mas pessoas autistas nem sempre receberam a liberdade de existir.


checklist de traços autistas

Nota de tradução: já existe uma tradução da checklist para o português feita em 2017, mas ela deixa de fora algumas categorias e usa o feminino por toda sua extensão, alinhada ao conteúdo que Samantha Craft produzia quando a elaborou pela primeira vez (vide disclaimer abaixo); a presente tradução tem por objetivo incluir a lista na íntegra e reformular sua linguagem usando neutralidade de gênero. O texto do disclaimer foi adaptado para melhor compreensão; todas as informações estão presentes no texto-fonte, tendo apenas sido reformuladas e reorganizadas para concisão e padronização.

Disclaimer: Essa é a opinião de uma única pessoa¹. Essa checklist não tem a intenção de substituir a definição do Transtorno do Espectro Autista do DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) nem tem como objetivo servir como uma ferramenta de diagnóstico oficial. Milhares e milhares de indivíduos ao redor do mundo têm utilizado esta lista, em conjunto com o DSM-IV ou DSM-V e a orientação de profissionais de saúde mental com qualificação. Ela tem sido uma ferramenta importante para mulheres em particular, mas pessoas de todos os gêneros se identificam com a lista; ela é baseada em mais de oito anos de comunicação, quase que diariamente, com pessoas diagnosticadas ou autodiagnosticadas autistas. Essa não é uma lista extensiva; alguns indivíduos se encaixarão em categorias e não serão autistas. O objetivo é que isso seja um ponto de partida para discussão e maior conscientização.

Essa lista foi criada em 2012 e atualizada em maio de 2016. A postagem original, Females with Asperger’s Non-Official Checklist, foi originalmente escrita quando a Síndrome de Asperger era um diagnóstico independente; naquela época, pouco se escrevia ou discutia sobre mulheres no espectro autista. Seu livro de memórias sobre ser uma mulher no espectro, Everyday Aspergers, também leva “Asperger” no título pois, à época de sua elaboração, esse era o diagnóstico da autora. Hoje ela se identifica como autista e é diagnosticada com TDAH, TOC, TEPT complexo, dislexia, dispraxia, TAG, SED do tipo hipermóvel, fibromialgia e outras síndromes de dor crônica. A maneira que suas condições se manifestam não é incomum; muitas pessoas autistas adultas têm diversas comorbidades.

¹ Samantha Craft (ou Marcelle Ciampi) tem mestrado em Educação. Ela não fez doutorado em Psiquiatria ou Psicologia, mas possui uma credibilidade sólida resultante de viver no espectro e também ser mãe de uma criança autista. Samantha elaborou essa checklist não oficial num esforço de ajudar profissionais de saúde a reconhecer o autismo; ela pode ser direcionada a terapeutas, assessores, psiquiatras, psicólogos, professores e parentes contanto que o nome e as informações de contato da autora estejam incluídas.




CHECKLIST DE TRAÇOS AUTISTAS
criada por Samantha Craft


Uso sugerido: Marque todas as áreas que se aplicam fortemente à pessoa. Se cada área tiver 75% a 80% das declarações marcadas ou mais, então você pode começar a considerar que ela talvez seja autista. [Nota de tradução: para facilitar a contagem, o número de itens marcados por área que corresponde à porcentagem sugerida será incluído no fim de cada seção; quando o resultado tiver casas decimais, a aproximação será feita com o número inteiro mais próximo.]

Ao determinar um diagnóstico de transtorno do espectro autista, recomenda-se olhar para a infância, adolescência, juventude e o presente da pessoa. Isso se aplica especialmente aos desafios de comunicação; muitos indivíduos autistas aprendem as regras de comunicação por conta própria, a ponto de serem extremamente habilidosos nisso. Um identificador primário pode ser o fato de ainda estarem aprendendo as regras sociais e de comunicação; em outras palavras, ainda estão ensaiando, mascarando e/ou tentando se encaixar.

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Seção A: Pensamento profundo

- Pensa de maneira aprofundada
- Faz arte e/ou escreve prolificamente (possível inclinação à poesia)
- Muito inteligente*
- Enxerga as coisas em vários níveis, incluindo seus próprios processos de pensamento
- Analisa a existência, o sentido da vida e tudo o mais constantemente
- Pessoa séria e prática/objetiva por natureza
- Não trata as coisas como garantidas ou as aceita sem questionar
- Não simplifica
- Tudo é complexo
- Frequentemente se perde nos pensamentos e "se desliga" (olhar vazio)

*Ser inteligente não está relacionado a níveis de Q.I.; indivíduos autistas muitas vezes têm dislexia, disgrafia e outras dificuldades de aprendizagem, mas podem ser altamente inteligentes em assuntos específicos, ter pensamento criativo/“fora da caixa” e fluência verbal/inteligência fluida

(75% a 80% = 7 a 8 itens; total = __/10)


Seção B: Inocência

- Mostra ingenuidade
- Pessoa honesta
- Não sabe mentir
- Acha difícil entender manipulação e deslealdade
- Acha difícil entender comportamentos vingativos e retaliação
- Pessoa facilmente enganada e ludibriada
- Tem sentimentos de confusão e sobrecarga
- Tem sentimentos de deslocamento e/ou ser de outro planeta
- Tem sentimentos de isolamento
- Sofreu abuso ou exploração na infância, mas não pensou em contar a ninguém

(75% a 80% = 7 a 8 itens; total = __/10)


Seção C: Fuga e amizade

- Atravessa emoções e sensações muito intensas escapando em pensamento ou ação
- Escapa regularmente por meio de fixações, obsessões e interesse excessivo em determinados assuntos
- Escapa regularmente por meio da imaginação, fantasia e devaneios
- Escapa racionalizando/processando mentalmente
- Escapa pelo ritmo das palavras
- Filosofa continuamente
- Tinha amizades imaginárias quando jovem
- Imita pessoas da televisão ou filmes
- Tratava as amizades como "ferramentas" na infância (via-as por suas funções e/ou papéis)
- Faz mais amizade com pessoas mais velhas ou mais jovens do que com pessoas da mesma idade (frequentemente no início da idade adulta)
- Imita amizades ou colegas no estilo, roupas, atitude, interesses e maneirismos (às vezes na fala)
- Coleciona e organiza objetos obsessivamente
- Domina a arte da imitação
- Escapa ouvindo a mesma música repetidamente
- Escapa por meio de um relacionamento (imaginário ou real)
- Números trazem conforto (podem estar associados a padrões, cálculos, listas, tempo e/ou personificação)
- Escapa contando, categorizando, organizando, rearranjando
- Escapa para outros cômodos em festas
- Não consegue relaxar ou descansar sem muitos pensamentos
- Tudo tem um propósito

(75% a 80% = 15 a 16 itens; total = __/20)


Seção D: Atributos comórbidos

- Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
- Questões sensoriais (visão, som, textura, cheiros, paladar; pode ter sinestesia)
- Ansiedade generalizada (TAG)
- Sentimento de perigo iminente ou destino sombrio
- Sentimentos de extremos opostos (depressão/euforia; insensibilidade/hipersensibilidade)
- Fraco tônus muscular, articulações flexíveis e/ou falta de coordenação (pode ter Síndrome de Ehlers-Danlos e/ou hipotonia e/ou POTS)
- Transtornos alimentares, obsessões alimentares e/ou preocupação com o que come
- Síndrome do intestino irritável (SII) e/ou problemas gastrointestinais
- Fadiga crônica e/ou problemas imunológicos
- Diagnóstico errado ou diagnóstico de transtorno mental
- Apresenta diversos sintomas físicos, possivelmente tratados como hipocondria
- Questiona seu lugar no mundo
- Derruba frequentemente objetos pequenos
- Questiona quem é e o que se espera que seja
- Busca pelo certo e pelo errado
- Desde a puberdade, tem tido episódios de depressão (pode ter TDPM)
- Aperta/esfrega as unhas, cutuca o couro cabeludo/pele, balança as mãos, esfrega as mãos uma na outra, coloca as mãos entre ou sob as pernas, mantém os punhos cerrados, caminha em círculos e/ou pigarra com frequência

(75% a 80% = 13 a 14 itens; total = __/17)


Seção E: Interação social

- Amizades terminam repentinamente (sem que se saiba o motivo) e/ou tem dificuldade em fazer amizades
- Tendência a compartilhar mais do que deveria
- Vaza detalhes de sua vida pessoal a estranhos
- Levantava muito a mão na escola ou não participava das aulas
- Pouco controle de impulsos de fala quando mais jovem
- Monopoliza a conversa em alguns momentos
- Traz o assunto de volta para si
- Às vezes passa a impressão de ser uma pessoa narcisista e controladora (não é narcisista)
- Compartilha para se conectar
- Em alguns momentos, soa como uma pessoa entusiasmada/exaltada demais ou apática/desinteressada
- Guarda muitos pensamentos, ideias e sentimentos
- Sente como se estivesse tentando se comunicar "corretamente"
- Alimenta obsessões com um relacionamento em potencial, especialmente um interesse amoroso ou uma possível nova amizade
- Regras de contato visual adequado, tom de voz, proximidade do corpo, postura e gestos em uma conversa causam confusão
- Conversas frequentemente são exaustivas
- Questiona continuamente ações e comportamentos próprios e de outras pessoas
- Sente como se tivesse um "gene" de conversa ou filtro mental faltando
- Treinou-se em interações sociais por meio de leituras e estudando outras pessoas
- Visualiza e pratica como agirá ao redor de outras pessoas
- Pratica/ensaia mentalmente o que dirá a alguém antes de entrar na sala
- Dificuldade em filtrar ruídos de fundo ao falar com as pessoas
- Tem um diálogo interno constante dizendo o que falar e como agir em situações sociais
- Seu senso de humor às vezes parece peculiar, estranho, inapropriado ou diferente do das outras pessoas
- Era difícil saber sua vez de falar quando criança
- Acha as normas de conversação confusas
- Acha difícil entender, lembrar e aplicar regras não escritas e não faladas

(75% a 80% = 19 a 21 itens; total = __/26)


Seção F: Refúgio na solidão

- Sente alívio extremo quando não tem que ir a lugar algum, falar com ninguém, atender ligações ou sair de casa, mas ao mesmo tempo costuma sentir culpa por "hibernar" e não fazer "o que todo mundo está fazendo"
- Ter visita em casa pode ser percebido como uma ameaça (talvez até mesmo sendo um membro familiar conhecido)
- Saber logicamente que uma visita não é uma ameaça não alivia a ansiedade
- Sentimentos de angústia com eventos e compromissos cuja data se aproxima
- Saber que precisa sair de casa causa ansiedade desde o momento em que acorda
- Todos os passos envolvidos em sair de casa são insuportáveis e exaustivos de se pensar
- Prepara-se mentalmente para saídas, excursões, reuniões, encontros e compromissos, muitas vezes dias antes da data
- Tendências de TOC quando se trata de conceitos de tempo, estar na hora, controlar o tempo, registrar o tempo e gerenciar o tempo (pode ser estendido para dinheiro também)
- Questiona os próximos passos e movimentos continuamente
- Às vezes sente como se estivesse num palco diante de uma plateia e/ou tem a sensação de que sempre precisa seguir os passos "certos", mesmo estando sem companhia em casa
- Falar consigo usando as palavras "certas" e/ou pensar positivo (terapia cognitivo-comportamental) geralmente não alivia a ansiedade (a TCC pode causar sentimentos aumentados de inadequação)
- Saber que vai ficar em casa o dia todo traz grande paz de espírito
- Precisa de muito tempo de inatividade ou sem companhia
- Sente culpa após passar muito tempo se ocupando com um interesse especial
- Não se sente à vontade em vestiários públicos, banheiros e/ou provadores
- Não gosta de estar em lugares lotados, como shoppings, academias e/ou cinemas

(75% a 80% = 12 a 13 itens; total = __/16)


Seção G: Sensibilidade

- Sensível a sons, texturas, temperatura e/ou cheiros, em especial ao tentar dormir
- Ajusta roupas de cama e/ou o ambiente na tentativa de obter conforto
- Sonhos são cheios de ansiedade, vívidos, complexos e/ou premonitórios
- Tem grande intuição sobre os sentimentos das pessoas
- Tem muita empatia, às vezes a ponto de gerar confusão
- Leva críticas para o pessoal
- Anseia por reconhecimento, atenção e compreensão
- Questiona-se se é uma pessoa "normal"
- Altamente suscetível às opiniões e pontos de vista de terceiros
- Por vezes adapta sua visão da vida ou ações com base nas opiniões ou palavras das pessoas
- Reconhece suas limitações em muitas áreas diariamente, senão a cada hora
- Se magoa quando as pessoas questionam ou duvidam do seu trabalho
- Vê muitas coisas como uma extensão de si
- Tem medo das opiniões, críticas e julgamentos das pessoas
- Repudia palavras e eventos que machucam animais e pessoas
- Pega ou resgata animais (muitas vezes na infância)
- Tem grande compaixão pelo sofrimento (às vezes por objetos inanimados/personificações)
- Sensível a substâncias (toxinas ambientais, alimentos, álcool, medicamentos, hormônios etc.)
- Tenta ajudar, oferece conselhos não solicitados ou monta planos de ação
- Questiona o propósito da vida e como ser uma pessoa "melhor"
- Tem sede de entender habilidades, talentos e/ou dons

(75% a 80% = 16 a 17 itens; total = __/21)


Seção H: Senso de si

- Sente-se em conflito entre querer ser uma pessoa genuína e querer se encaixar
- Imita as pessoas sem perceber
- Reprime seus desejos reais (geralmente no início da idade adulta)
- Exibe comportamentos codependentes (geralmente no início da idade adulta)
- Adapta-se para evitar ridicularização
- Rejeita e/ou questiona normas sociais
- Tem sentimentos de isolamento extremo
- Sentir-se bem com quem se é exige muito esforço e trabalho
- Muda preferências de acordo com o ambiente e as pessoas
- Muda comportamentos de acordo com o ambiente e as pessoas
- Não se importava com sua higiene, roupas e aparência antes da adolescência e/ou até que outra pessoa chamasse a atenção para isso
- "Surta", mas não sabe por que até depois
- Tem uma voz que soa jovem
- Tem dificuldade em reconhecer a própria aparência e/ou tem ocorrências de leve prosopagnosia (dificuldade em reconhecer ou lembrar de rostos)
- Sente-se significativamente mais jovem por dentro do que por fora (perpetuamente com 12 anos de idade)

(75% a 80% = 11 a 12 itens; total = __/15)


Seção I: Confusão

- Custou a aprender que as pessoas nem sempre são honestas
- Sentimentos parecem confusos, ilógicos e imprevisíveis (os próprios e os das outras pessoas)
- Confunde horários de compromissos, números e/ou datas
- Espera que, ao agir de certa maneira, certos resultados possam ser alcançados, mas percebe, lidando com as emoções, que esses resultados nem sempre se manifestam
- Falava de forma franca e literal na juventude
- Não entende piadas
- Sente confusão quando as pessoas excluem, evitam/ignoram, menosprezam, enganam e traem
- Tem dificuldade em identificar sentimentos, a menos que sejam extremos
- Tem dificuldade com emoções de ódio e aversão
- Sente pena de seus algozes ou ofensores
- Sentimentos pessoais de raiva, indignação, amor intenso, medo, instabilidade e antecipação parecem mais fáceis de identificar do que emoções de alegria, satisfação, tranquilidade e serenidade
- Tem dificuldade em reconhecer os impactos de emoções extremas (indignação, amor intenso); transferir o que aprendeu sobre emoções em uma situação para outra é desafiador
- Situações e conversas às vezes são percebidas como “8 ou 80”
- O meio-termo de resultados, eventos e emoções às vezes é desconsiderado ou mal compreendido (mentalidade “tudo ou nada”)
- Uma pequena briga pode sinalizar o fim de um relacionamento ou o colapso do mundo
- Um pequeno elogio pode levar a um estado de êxtase

(75% a 80% = 12 a 13 itens; total = __/16)


Seção J: Palavras, números e padrões

- Gosta de conhecer origens de palavras e/ou fatos históricos, bem como as causas/bases destes
- Sente confusão quando uma palavra tem mais de um significado (ou grafia)
- Grande interesse em músicas e letras de músicas
- Percebe padrões com frequência
- Lembra das coisas de forma visual
- Lembra de detalhes exatos sobre a vida de alguém
- Tem uma memória excepcional para certos detalhes
- Escreve ou cria para aliviar a ansiedade
- Tem certos "sentimentos" ou emoções em relação a palavras e/ou números
- Palavras e/ou números trazem uma sensação de conforto e paz, quase como uma amizade

(75% a 80% = 7 a 8 itens; total = __/10)


Opcional: Funções executivas e habilidades motoras
(Esta área não é tão evidente quanto as outras)

- Tarefas simples podem causar extrema dificuldade
- Fazer curvas ou aprender a dirigir pode ser desafiador
- Novos lugares trazem seus próprios desafios
- Qualquer coisa que exija um passo a passo moderado, destreza ou conhecimento técnico pode gerar um sentimento de pânico
- A ideia de consertar, reparar ou procurar algo pode causar ansiedade
- Tarefas corriqueiras são evitadas
- Cuidar da higiene própria e limpar a casa pode parecer impraticável
- Muitas perguntas surgem ao iniciar uma tarefa
- Pode sair de casa com meias diferentes, camisa abotoada errado e/ou ter dislexia e/ou disgrafia
- Uma ida ao supermercado pode ser insuportável
- Tem dificuldade em copiar passos de dança, movimentos aeróbicos ou instruções em uma aula de esporte
- Tem dificuldade em encontrar certos objetos na casa, mas lembra com muita clareza onde estão outros objetos; não conseguir localizar algo ou simplesmente pensar em procurá-lo pode causar sentimentos de ansiedade intensa (desafios com permanência do objeto)

(75% a 80% = 9 a 10 itens; total: __/12)

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